Não é meio estranho? Pois é, essa situação também acontece em cursos online e pelo mesmo motivo: falta de atenção de quem decodifica e transmite a mensagem: o Designer Instrucional.
Esse profissional é responsável por tantas tarefas ao mesmo tempo que, muitas vezes, não consegue parar para pensar no aspecto mais importante do seu trabalho: "Este conteúdo está claro para o público-alvo?". Por clareza, entende-se que a maioria dos alunos precisará ler apenas 1 vez para assimilar a ideia. Mas sabemos que não adianta ter um texto claro e bem escrito se não houver sequência lógica e encadeamento de ideias, ou seja, didática.
E quando o DI finalmente consegue transformar aquele conteúdo bruto (beeem bruto) em um texto fluido, claro, coeso e didático... o que poderia dar errado?
Simples: falar com uma terceira pessoa do "além", como no telefone!
Onde está o perigo: principalmente em diálogos de exemplificação ou demonstração, ou, mais especificamente, na transição do diálogo para o conteúdo.
Observe abaixo o slide de um storyboard e adivinhe quem é o público-alvo do curso:
Resposta: é um curso para vendedores. O que significa que:
- O diálogo está adequado, porém, o box de texto amarelo "conversa" com o cliente e não com o público-alvo do curso: vendedores.
Pode parecer um detalhe pequeno e imperceptível, mas multiplique isso por 30, 40, 60 telas de curso e pergunte ao aluno quantas vezes ele precisou se perguntar se era ele ou o cliente que deveria agir da forma como o curso orienta.
Logo, precisamos prezar pela clareza, fluidez, coesão, didática e, além de tudo isso, ter a certeza de que o texto "conversa" com o público-alvo em qualquer estratégia aplicada.
Não é difícil, basta treinar a si mesmo a cada revisão de roteiro.
Um comentário:
Muito verdade isso, Tiscilla!!
Já estou no agaurdo dos próximos posts!!
Bj,
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